quarta-feira, 28 de setembro de 2011

LÍDIA BAIS 22.04.1900 19.10.1985


Filha de Bernardo Franco Baís, destacou-se desde cedo pelo seu temperamento rebelde aos padrões da época. Dizia a seus familiares: "Por minha causa vocês vão ficar na história".

Com quatro anos de idade, quis estudar em colégio salesiano em Assunção, junto com as irmãs Celina e Ida. Aos sete anos, começou uma peregrinação por vários colégios, começando por colégio de freiras no Rio Grande do Sul. Ainda pequena, morou na Itália por mais de ano com sua família. Na volta, foi estudar no Colégio Batista no Rio de Janeiro, por pouco tempo (sete meses). A seguir, veio para Itu (SP), onde reclamava muito do frio e da saúde abalada. E de lá foi para São Paulo (SP), onde se dizia "anêmica".

Na realidade, simulava situações para chamar a atenção, demonstrando vez por outra conduta voluntariosa, carente, rebelde, transparecendo insatisfação com o mundo ao seu redor.

Após dez anos de esforços dos pais, já adolescente, Lídia voltou para casa. Embora de figura franzina, não se intimidava nem se submetia às lições domésticas e dos colégios por onde passou.

Aos vinte anos, convenceu o bondoso pai a deixá-la estudar novamente no Rio. Embora de figura franzina, não se envolveu com divertimentos próprios da idade, evitando aproximação com rapazes, tendo até certo medo de intimidade com homens.

Durante a passagem pelos colégios, aprendera pintura e piano. Seus primeiros quadros a óleo foram pintados por volta de 1915. No mundo das cores, telas, tinta e pincéis, encontrou sentido na vida. Mergulhou no sonho para justificar sua liberdade incompreendida.

Na década de 20 estudou pintura no Rio de Janeiro com os professores Henrique Bernadelli e Osvaldo Teixeira.

Em 1925, aproveitou a viagem de estudos à Europa, do cunhado médico Dr. Vespasiano Barbosa Martins, indo em companhia da sua irmã Celina morar em Berlim e, posteriormente, em Paris.

Interessada em aperfeiçoar sua técnica e estilo de pintura, passou a freqüentar também museus, fez contatos com outros artistas, inclusive Ismael Néri, que também se encontrava na França. Nessa incursão, recebeu forte influência do expressionismo e do surrealismo, rompendo com o estilo acadêmico adotado nas fases anteriores.

De volta ao Brasil, estimulada pelo mestre Bernadelli, realizou no Rio de Janeiro uma exposição de pinturas a óleo, com pequena duração.

Tempo depois, foi morar em São Paulo na casa do cunhado Dr. Vespasiano, de onde, contrariando a família, fugiu para o Rio, passando a morar num hotel, para cursar Belas Artes. Essa atitude resultou no corte da ajuda financeira; mesmo assim, sem que Lídia soubesse, suas dívidas eram pagas pelo pai, apesar das suas queixas de abandono.

Demonstrando fragilidade emocional, é espoliada, envolvendo-se com pessoas inescrupulosas, que diziam ser espíritas. Praticou o jejum, sofrendo ameaças terríveis, mirabolantes, desembocando num quadro de desestrutura mental, onde relatou entrar em transe universal, recebendo revelações de vários santos e apóstolos.

Devido à situação crítica (não comia, não vestia, chorava e orava, tendo visões de perseguições de maus espíritos), Lídia foi por várias vezes internada para cuidados médicos.

Foi longo o caminho da recuperação. Depois de muito carinho, compreensão dos familiares, remédios e ajuda clínica, sentiu-se bem e voltou a São Paulo, onde organizou uma exposição de seus trabalhos, com a ajuda do seu mestre, e principalmente do poeta e amigo, Murilo Mendes.

Na década de 30, retornou a Campo Grande, sentindo-se deslocada: "Fazer o que nessa aldeia?".

Levada pela imaginação e inspiração artística, pintou os painéis nas paredes do sobradão, sob os olhares complacentes do pai e muitas críticas de pessoas "comadres", pela ousadia de três figuras nuas, em face dos preconceitos da época.

Tempos depois, já com outros moradores, essas pinturas no sobrado foram encobertas por tinta a base de cal, sem que se conhecesse o autor desse ato lamentável.

Com a perda do pai, em 1938, a família mudou-se para um sobrado na Rua XV de Novembro, esquina com a Rua do Padre. Lídia foi fechando-se cada vez mais em seu mundo "bebendo água de muitas religiões", onde encontrou seu apoio.

Em 1958, com o interesse de organizar um espaço para suas obras, chegou a escrever uma carta ao então prefeito de São Paulo, Ademar de Barros, pedindo auxílio financeiro para montar o Museu Baís, oferecendo em garantia propriedades herdadas na Vila Progresso, Hípica e Chácara Bandeira, muitas das quais acabou dando, outras foram presenteadas aos criados, algumas tomadas por espertalhões, pois não tinha apego aos bens materiais.

A velhice chegou, trazendo o desânimo e desinteresse. Cercada de muitos animais de sua estimação (gatos, cachorros pequineses), Lídia se isolou, recebendo raras visitas. Para seus males, os chás caseiros eram os "santos remédios".

Enfraquecida e apresentando sintomas de esclerose, Lídia sofre um tombo. Acamada, foi definhando em silêncio, recusando tratamento médico. Assim, deixou esse mundo aos 85 anos de idade.

Sobre sua obra e vida, Maria da Glória Sá Rosa, escritora e membro da Associação Brasileira de Críticos de Arte, escreveu: "Já disse alguém que arte é excesso, invasão de terrenos proibidos, libertação de cadeias, preconceitos, restituição do homem à idade da inocência. Ao artista tudo é permitido. Por isso, não se pode cobrar dele posições, atitudes racionais. A contradição é uma norma, a ambivalência, seu traço distintivo".

Lídia Baís, artista do nosso tempo, tem uma obra condizente com sua personalidade. Ali se alternam o orgulho e a humildade, o belo e o horrível, o sonho e a realidade. Sua obra tem de ser amada, apreciada, saboreada. Tentar explicá-la é inútil. A própria Lídia tinha horror a quem pedia explicações de seus quadros



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Ana Ruas e sua obra





A obra de Ana Ruas como um todo se elabora a partir de questões próprias da linguagem da pintura, às quais a artista busca resolver, ora preenchendo pequenas ou grandes telas em séries, ora recobrindo muros ou, ainda, se divertindo com o jogo do palimpsesto nas paredes de seu atelier. Em todas essas possibilidades, busca respostas para as relações entre as formas e as cores, o tempo e o espaço, a tela e o texto, o atelier e a cidade. Para cada uma assume um papel e um compromisso, seja como professora de crianças e adultos no atelier; como cidadã estendendo um olhar diferenciado para a cidade; como artista abrindo novas possibilidades para adolescentes e crianças de bairros periféricos ou, enquanto ela mesma, refletindo sobre o lugar que ocupa como sujeito no espaço da cidade.

Transita, então, do particular para o público com a mesma urgência e necessidade, o que a leva também ao colecionismo como fonte de criação. Riscos de bordados, vidros com sobras de linhas de bordar e costurar, medidores de leite em pó, tecidos que em outros tempos serviram de roupas, cobertas e toalhas, como também pincéis, espátulas e paletas estabelecem um contraponto original para a compreensão de seu universo. Ana não os utiliza diretamente, mas partem de sua presença as configurações da memória e da expressão de uma subjetividade em constante procura e formação. Nesta medida, experimenta vários suportes, abusa rigorosamente de cores, de texturas, de técnicas, mostrando não apenas o resultado, mas também a operação descontinuada que faz parte do processo de criar uma obra.

As telas se configuram a partir de vivências e experiências de seu dia-a-dia. O que pode ser mais comum do que um garfo, mais íntimo e mágico do que contar histórias ou mais prazeroso do que jogar-se em uma boa rede? Todas as suas telas resultam em séries nas quais procura equacionar problemas essencialmente pictóricos, que vão da monocromia – seus tons, semitons, suas vantagens ou desvantagens, à visibilidade das pinceladas, ao uso da colagem, por exemplo. Como resolver estas questões que também são solicitações dos temas escolhidos? Daí começa o seu processo pessoal de seleção e manipulação para chegar ao projeto da tela. Que expressividade possui determinada cor quando assume uma pequena superfície? Qual o grau de intensidade quando em um plano maior? Cada hesitação resulta em um novo caminho, abre novas possibilidades. Vamos encontrar respostas nas obras prontas, mas já como problemas parcialmente solucionados.

O desejo de intervir no olhar domesticado e dotar a cidade com novas perspectivas, pelo menos do ponto de vista das cores, leva a artista a criar arquiteturas efêmeras. São as intervenções realizadas em viadutos, paredes cegas ou muros, capazes de imprimir um caráter de ilusão e magia apagando momentaneamente a superfície-objeto como realidade. O mesmo ocorre nas intervenções em ambientes internos, como museus e galerias. São, antes de tudo, pinturas liberadas de qualquer finalidade prática, mas que, aliadas ao embrutecimento provocado pelo hábito, criam novas sensações e, portanto, recobrem o espaço de novos significados.  

Nas paredes, Ana se dedica também ao jogo entre a forma e a memória do desenho. O que estava materialmente inscrito perde contornos e nitidez e se torna mais um registro, um “instantâneo-eterno”. Mantém, deste modo, um experimento no tempo e no espaço, um palimpsesto, uma forma velada e que, ao mesmo tempo, sempre poderá voltar à cena como reminiscência.

Assim, a obra de Ana Ruas se configura entre dois pólos, o da materialidade e o da efemeridade. As formas convencionais e os pontos de vista que entram em conflito com a realidade são experimentações próprias de uma poética na qual recortar, colar e montar ou recordar e refazer são movimentos produzidos com a mesma intensidade. Sem limites ou exageros, eles são partes de um processo particular que sustenta toda sua produção.

Délio & Delinha


Conhecidos como "O Casal de Onças de Mato Grosso" em 1959, gravaram os rasqueados"Malvada" e "Cidades irmãs", ambos de autoria da dupla.
Em 1960 gravaram, também de autoria da dupla, o rasqueado "Prenda querida" e a guarânia "Meu cigarro". Gravaram também no mesmo ano, entre outras composições, o rasqueado "Querendo você", em parceria com Biguá, radialista e compositor.
A dupla estava empenhada em gravar ritmos considerados de raiz, como o rasqueado e a cava-verde, entre outros. Ainda em 1961 gravaram, de autoria da dupla, a cana-verde "Louvor a São João" e o arrasta-pé "Triste verdade". Em 1962 gravaram, também de autoria da dupla, os rasqueados "Coisinha querida", "Goianinha" e "Estrela do luar".
Em 1963 gravaram, entre outras composições, o maxixe "Mundo de ilusão" e a cana-verde "Triste adeus", ambas de autoria da dupla. Em 1964, também de autoria da dupla, gravaram o rasqueado "Lembrando Mato Grosso" e o maxixe "Esperança perdida".

Paulo Simões


Paulo Simões
Original e marcante. Assim é a música e a trajetória de Paulo Simões.

Carioca, optou por residir em Campo Grande, MS, onde passou parte da adolescência descobrindo amigos e futuros parceiros, como os irmãos Geraldo e Celito Espíndola, Geraldo Roca e Almir Sater.

Transitando entre Rio, São Paulo, Campo Grande e o Pantanal, onde gosta de pescar e compor, Paulo Simões vem reunindo um número significativo de admiradores para seu trabalho. Intérpretes como Sérgio Reis, Renato Teixeira, Sandy e Júnior, Diana Pequeno, Tarancon e outros, além do parceiro Almir Sater, contribuem para tornar suas canções conhecidas nacionalmente.

Seu primeiro disco individual data de 1992, ano em que recebeu o Prêmio Sharp de melhor compositor regional, com Paiaguás, em parceria com Guilherme Rondon. "Paulo Simões & o Expresso Arrasta-Pé Volume I", inclui suas composições mais conhecidas até então, como Trem do Pantanal (com Geraldo Roca), Comitiva Esperança e Sonhos Guaranis (com Almir) e o Lobo da Estrada (com Pedro Aurélio), esta última transformada em sucesso nacional por Sérgio Reis. O disco marca também o lançamento do selo Sauá, de Simões e Guilherme Rondon, responsável por incluir Mato Grosso do Sul no mapa fonográfico brasileiro.

Em 1994, inicia o projeto "Chalana de Prata", grupo que reúne quatro expoentes da música do Mato-Grosso do Sul. Além do próprio Simões, dele participam Celito Espíndola, Guilherme Rondon e o lendário sanfoneiro Dino Rocha, sendo seu primeiro CD lançado em 1998, com grande repercussão.

Sua discografia é ampliada, no mesmo ano, com lançamento do "Expresso Arrasta-Pé Volume 2", onde se destacam músicas como Vida Bela Vida (com Rondon) e Labaredas (com Rondon e Celito Espíndola), logo gravadas por diversos artistas regionais.

Com o título "Rumo a 2 Mil e Uns" ele nos mostra seus trabalhos mais recentes, incluindo uma nova e promissora parceria, com o multi-instrumentista Antonio Porto, responsável pela direção musical deste CD. Nele, podemos encontrar a marca registrada de Paulo Simões: a qualidade de melodias e letras, a incorporação de elementos regionais e fronteiriços ao universo pop e, principalmente, o raro dom da originalidade.

Tetê Espindola

Tetê é irmã de Humberto Espíndola, artista plástico de renome internacional, e foi por ele e a mãe Alba Miranda onde desenvolveu os dons artísticos entre as sessões de teatro que a mãe e Humberto encenavam, e/ou, entre as audições de rádio no período vespertino. Porém, a veia artística não vem só daí, pois na família havia primos-trigêmeos que se apresentavam em grandes orquestras, inclusive para Getúlio Vargas. Mas o primeiro a aprender a tocar violão em casa foi o irmão Sérgio, que ensinou Geraldo, e Geraldo ensinou Tetê.
Era evidente que rolava muito som entre os irmãos em casa, já que todos tocam e cantam, e em 1968, Tetê, Geraldo, Celito e Alzira formam o grupo LuzAzul e passam a executar concertos na via Cuiabá-Campo Grande. E foi na via-crucis, no meio do caminho, num local muito especial para Tetê chamado Chapada dos Guimarães, ao lado de passarinhos e do Véu da Noiva que Tetê descobre a sua voz aguda…
O LuzAzul decide ir para São Paulo. Vão primeiro Celito e Tetê, e começam a tocar em barzinhos e abrir espaço para os outros irmãos se transferirem de vez para São Paulo, quando fecham contrato com a Phonogram/Phillips, e a pedidos da própria gravadora, mudam o nome LuzAzul para Tetê e o Lirio Selvagem, lançando assim seu primeiro trabalho em 1978. Em 1979, Tetê o e Lirio Selvagem se desfaz, a gravadora decide lançar Tetê em um disco solo - Piraretã.
Em 1981, ao lado de Arrigo Barnabé, defendem a valsa Londrina(de Arrigo) no MPB Shell, que recebe o prêmio de melhor arranjo por Cláudio Leal. Em 1982, entre muitas experimentações sonoras feitas através de sessões com Stenio Mendes e Theophil Mayer (inclusive exibido pela TV Cultura em um especial), surge o disco Pássaros na garganta, aclamado pela crítica, e onde a estética do som é batizada por Arrigo Barnabé de sertanejo lisérgico. Em 1985, Tetê vence o Festival dos Festivais da Rede Globo com a canção Escrito nas estrelas, composição do marido Arnaldo Black com Carlos Rennó, que bate recordes de execução e vendagens, dando-lhe o disco de ouro. Em 1986, como parte do conograma da gravadora Barkley/BMG Ariola, segue-se o disco Gaiola, onde executam uma gigantesca turnê pelo Brasil.
Tetê dubla, atua e faz a trilha sonora do filme Mônica e a Sereia do Rio (de Maurício de Sousa) dirigido por Walter Hugo Khouri; e faz uma participação no curta Caramujo-Flor, de Joel Pizzini, junto com Almir SaterAracy BalabanianNey Matogrosso e outros artistas de Mato Grosso do Sul. Como representante brasileira, participa do Festival The concert voice, em Roma (1988). Em 1989, canta no New Morning(Paris) e no Festival de Jazz da Bélgica. Com uma bolsa da Fundação Vitae, em conjunto com Marta Catunda e Humberto Espíndola vão rumo á Amazônia numa expedição em busca do canto do uirapuru, onde gravam uma série de sons de pássaros, que depois de catalogado, e parte das experimentações musicais feitas por Tetê na Amazônia, gera o disco Ouvir/Birds (1991).
Tetê passa alguns anos se dedicando à família e em 1998, junto com a irmã Alzira, gravam o disco acústico só de canções regionais/tradicionais - Anahí, sucesso de venda e de público nos concertos que lotaram uma agenda de 2 anos. Quando então, aparece o excelente disco Vozvoixvoice, dirigido e produzido por Phillipe Kadosch, no qual o conceito aplica-se em fazer da voz, todos os instrumentos (baixo, bateria, guitarra, sopros, etc.). Em 2003, Tetê participa em dois projetos junto com a família - Espíndola canta e O que virou, e em2005 lança o disco Zencinema só com canções de Arnaldo Black.
Em 2006 e 2007 participou de várias apresentações com a soprano Adélia Issa. Ainda em 2007 lança o disco Evaporar completamente produzido no Mato Grosso do Sul, desde a escolha de músicos à finalização do trabalho.

Helena Meirelles


Helena Meirelles (Bataguassu13 de agosto de 1924 — Presidente Epitacio, 28 de setembro de 2005) foi uma violeiracantora e compositora brasileira, reconhecida mundialmente por seu talento como tocadora da denominada viola caipira (às vezes denominada simplesmente viola).
Sua música é reconhecida pelas pessoas nativas do Mato Grosso do Sul, como expressão das raízes e da cultura da região. Sua primeira apresentação profissional em um teatro foi quando tinha 67 anos, e gravou dois discos em seguida. Em 1993, foi eleita pela pela revista americana Guitar Player (com voto de Eric Clapton), como uma das 100 melhores instrumentistas do mundo, por sua atuação nas violas de seis, oito, dez e doze cordas.
Faleceu vítima de parada cardiorespiratória aos 81 anos, e deixou onze filhos.

Almir Sater


Nascido em Mato Grosso do Sul, desde os doze anos já tocava viola e gostava do mato e sons da natureza; Aos vinte anos mudou-se para o Rio de Janeiro para estudar Direito, mas desistiu da carreira de advogado, tornando-se um músico, motivado inicialmente por escutar no Largo do Machado uma dupla tocando viola caipira . Então dedicou-se ao seu estudo, tendo Tião Carreiro como mestre. Retornou à Campo Grande onde formou a dupla Lupe e Lampião com um amigo, adotando Lupe como nome artístico. Em 1979 foi para São Paulo, onde iniciou um trabalho com sua conterrânea Tetê Espíndola, acompanhando também a cantora Diana Pequeno.[1] Gravou seu primeiro disco em1980, contando com a participação de Tetê EspíndolaAlzira Espíndola e Paulo Simões. Fez parte da geração Prata da Casa, no início dos anos 80, sendo uma das principais atrações do movimento que juntou os maiores expoentes da música sul-mato-grossense. Seu estilo caracteriza-se pelo experimentalismo e sua música é descrita como folk ,agrega uma sonoridade tipicamente caipira da viola de 10 cordas,o folk norte-americano e com influências das culturas fronteiriças do seu estado,como a música paraguaia e andina;e o resultado é único,ao mesmo tempo reflete traços populares e eruditos,despertando atenção de públicos diversos.